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Cristo Redentor pode ser alvo de terrorismo durante as Olimpíadas
07/07/2016 22:09 em Brasil

Especialista acredita que imagem de Cristo “é o mais forte” do ponto de vista simbólico.

O governo brasileiro insiste que não há motivos para preocupação. Contudo, o cientista político e professor de Relações Internacionais da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) Heni Ozi Cukier, acredita que o Brasil está “com certeza” no radar dos extremistas islâmicos.

Em abril, uma ameaça ao Brasil publicada na conta no Twitter do terrorista Maxime Hauchard chamou atenção. Ele estaria ligado ao Estado Islâmico e tuitou uma mensagem dizendo “vocês serão os próximos”.

Para Cukier, a realização das Olimpíadas — um dos maiores eventos esportivos do mundo — colocará o Brasil no centro das atenções do mundo todo. Isso dá aos terroristas o que eles mais desejam: um palco de destaque e uma plateia grande.

Em entrevista ao portal R7, o especialista disse que os principais alvos seriam os pontos turísticos mais tradicionais do Rio de Janeiro, cidade-sede dos jogos em agosto. “Os locais onde vão haver eventos esportivos podem ser alvos. Estádios de futebol, como o Maracanã, tem uma maior concentração de pessoas. Mas, do ponto de vista simbólico, o Cristo Redentor é o mais forte”, asseverou.

Cukier insiste que o Estado Islâmico vem cometendo atentados em diversos continentes nos últimos dias, não apenas no Oriente Médio. Isso serviria para reforçar a tese de que o Brasil seria um dos próximos alvos.

Um aspecto que colabora para isso é a segurança do evento, que ficou comprometida com a crise econômica que atravessa o país e, de modo especial, o estado do Rio de Janeiro. Em anúncio recente, o Governo do Rio explicou que cortará cerca de $500 milhões do orçamento de segurança para este ano.

O professor Cukier não quer parecer alarmista, mas sublinha que a ajuda da população no combate ao terrorismo é fundamental para prevenção de potenciais atentados.

No mesmo tom, Jean Paul Laborde, chefe da estratégia da ONU para o Combate ao Terrorismo, alerta que a Olimpíada no Brasil corre o risco de ser alvo de ataques terroristas. “Há indicações de que o evento no Brasil é um alvo fácil para o Estado Islâmico”, declarou Laborde ao jornal O Estado de São Paulo.

Sinais visíveis

Em junho, o SITE Intelligence Group, grupo que monitora as ações do Estado Islâmico (EI) em todo o mundo, denunciou o surgimento da “primeira mídia jihadista em língua portuguesa”. Um canal de comunicação pela internet, chamado de “Nashir Português” surgiu pelo aplicativo Telegram. Similar ao Whatsapp, a plataforma é encriptada e serve para a troca de mensagens, vídeos e discursos oficiais do seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.

Na mesma época, o grupo de cyberterroristas chamado “United Cyber Caliphate”, que tem ligações com o EI havia divulgado na última quinta-feira (9) uma lista de futuros ataques no mundo todo, incluindo o Brasil. Ela continha cerca de oito mil “alvos”, e mencionava que a Flórida como alvo preferencial. Poucos dias depois, um homem que jurava aliança ao EI invadiu sozinho uma boate em Orlando num atentado que resultou na morte de 50 pessoas.

O relatório dos serviços de inteligência, publicado pela Veja, mostra que “Uma das maiores preocupações governamentais está no acompanhamento da radicalização de indivíduos alinhados ideologicamente ao Estado Islâmico”, numa referência aos ataques do tipo lobo solitário, como o de Orlando.

Semana passada, a companhia Avianca divulgou um comunicado interno sobre a possível entrada no Brasil de Jihad Ahmad Diyab, um sírio que teria vínculos com a Al Qaeda e ficou preso em Guantánamo. Ele foi acolhido pelo governo do Uruguai há dois anos. Com base na lei antiterrorista, ele já fora impedido de entrar em solo brasileiro, mas está desaparecido e possivelmente utiliza um passaporte falso.

por Jarbas Aragão

 

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