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Moro quer um evangélico na PGR para substituir Dodge
Política
Publicado em 18/11/2018

A  revista Veja adiantou neste domingo (18) que o futuro ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, deseja nomear Deltan Dallagnol como titular da Procuradoria Geral da República (PGR) no lugar de Raquel Dodge.

Famoso por ter liderado a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Dallagnol junto com sua equipe acusaram e tornaram réus por corrupção 347 pessoas. Das 87 condenadas à prisão está o ex-presidente Lula. A afinidade de Moro com o procurador paranaense é conhecida e sua indicação parece natural.

Dodge tem mandato de dois anos, terminando em setembro próximo do ano que vem. A possibilidade de ela ser reconduzida é mínima. Embora seja hábito a escolha do novo procurador-geral por meio da lista tríplice definida por eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), não é um preceito constitucional.

A lei em vigor no país estabelece que o candidato tenha mais de 35 anos e faça parte da carreira de procuradores. Dallagnol preenche os dois requisitos.

Seguidor de Jesus

Deltan Dallagnol é membro da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba, desde a infância. A biografia de seu perfil nas redes sociais deixa claro quais são as suas prioridades na vida: “Seguidor de Jesus, Marido e Pai Apaixonado, Procurador da República por Vocação e Mestre em Direito por Harvard”.

Em 2016, perguntado sobre o que planeja no futuro, não confirma que deseja uma carreira política, seu plano parece ser outro. “Eu descartaria poucas coisas em relação a meu futuro, cogito talvez até virar pastor. Mas nós focamos no presente”, assegurou.

No início deste ano foi massacrado pelo PT e por parte da mídia após divulgar em suas redes sociais que participava de uma campanha de jejum e oração pelo país.

Em entrevista à Jovem Pan disse que sua postura não viola o conceito de Estado laico. “Eu sou cristão, como todos sabem, isso faz parte da minha identidade. Eu oro pelo meu país. A minha oração e jejum são pela causa anticorrupção e contra a impunidade, não em relação a uma ou outra pessoa específica”.

 

Fonte: Gospel Prime

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