O presidente Jair Bolsonaro se reuniu durante a semana com representantes da Bancada Evangélica para tratar sobre temas relacionados à tributação das igrejas. Entre os parlamentares ouvidos pelo presidente, estão o deputado pastor Marco Feliciano (PODE-SP) e o também deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).
Um dos assuntos tratados foi à questão polêmica sobre a possível taxação das igrejas, que já foi desmentida pelo Planalto. Na oportunidade Bolsonaro reforçou a garantia de que não tem nenhum interesse em criar impostos para igrejas evangélicas, conforme havia sido declarado pelo secretário especial da Receita, Marcos Cintra.
Esclarecida essa polêmica, o presidente também ouviu o pedido para que o prazo de declarações de receitas e despesas de igrejas à Receita Federal seja estendido para além dos atuais três meses. O pedido se deve ao grande número de multas.
Os parlamentares evangélicos acusam a Receita de estar promovendo uma perseguição religiosa com uma indústria das multas contra as igrejas. Eles querem que a declaração volte a ser anual, como era antes.
As multas aplicadas contra igrejas chegam a R$ 40 milhões por ano, segundo informou o próprio secretário especial da Receita. Com a ampliação do prazo, as igrejas poderiam se adequar melhor as exigências.
Imposto
A taxação das igrejas evangélicas é um tema reiteradamente discutido por políticos, mas rejeitado pelo Planalto. A Presidência da República já enfatizou que não irá criar um imposto para as igrejas, principalmente por conta do trabalho social que elas oferecem.
O presidente Jair Bolsonaro tem muita proximidade com lideranças evangélicas e tem deixado muito claro o apoio do seu governo as instituições religiosas.
A fala de Marcos Cintra chegou a colocar o seu cargo em risco, com diversos pedidos de destituição do cargo por parte de aliados do presidente
FONTE: Gospel Prime