O recorde mundial dos 10.000m foi destruído pela etíope Almaz Ayana na primeira disputa de medalha do atletismo nas Olimpíadas, na última sexta-feira (12).
Foi apenas a segunda vez na vida que a atleta disputou a prova mais longa, deixando a menor marca já registrada no esporte: 29m17s45. O recorde anterior, estabelecido pela chinesa Junxia Wang em 1993, era de 29m31s7.
Enquanto o recorde mundial se tornou motivo de comemoração para a atleta, as primeiras discussões sobre doping no atletismo foram iniciadas por uma de suas adversárias. Décima segunda colocada, Sarah Lahti não fez acusações, mas deixou pairando no ar a suspeita de que a campeã não estaria em condições físicas normais.
“Você pode ver só pela expressão facial, ela só corre enquanto as outras dão a vida atrás dela. Não posso dizer que ela não é limpa, mas há alguma dúvida. Não acredito que ela seja 100%. É muito fácil para ela”, disse a sueca ao jornal Expressen.
Almaz não gostou das críticas e aproveitou entregar a Deus o crédito de sua vitória. “Em primeiro lugar, fiz meu treino baseado em 5.000m e 10.000m. Número dois, eu agradeço a Deus. O Senhor me dá tudo, [me dá] todas as minhas bênçãos”, disse ela.
“Meu doping é meu treino, meu doping é Jesus. Caso contrário, nada. Eu estou limpa”, esclarece a atleta.
“Meu plano era fazer uma boa corrida, mas, felizmente, tenho recorde mundial. Isso é fantástico para mim”, completou Almaz. “Outra coisa foi correr com minha antecessora (Tirunesh) Dibaba, que me deu coragem e energia para pegar essa oportunidade.”
Com informações do Globo Esporte.
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