O gigante de mídia social Facebook assumiu na última quinta-feira (24) que cometeu um "erro" ao suspender a conta de uma vlogueira cristã que escreveu um post sobre a visão bíblica da homossexualidade.
Como relatado anteriormente, o Facebook congelou a página de Elizabeth Johnston na rede social. A vlogueira é uma mãe cristã, que vive no estado de Ohio (EUA) e tem um blog muito conhecido nos Estados Unidos. Ela se tornou conhecida como "The Activist Mommy" ("A Mamãe Ativista").
A fágina do Facebook de Johnston foi bloqueada no dia 9 de fevereiro por causa de um comentário que ela publicou há mais de seis meses, citando passagens bíblicas do Novo e do Velho Testamento, incluindo uma de Levítico, que afirmam que a homossexualidade é um pecado e uma "abominação" aos olhos de Deus.
O comentário, que não incluiu nenhum nome específico, foi simplesmente uma resposta de Johnston a outro usuário do Facebook, que comentou um dos vídeos dela e argumentou que os cristãos são hipócritas por condenarem a homossexualidade.
Johnston recebeu uma mensagem do Facebook, dizendo que o post em questão foi removido, porque "não segue os padrões da comunidade do Facebook". Além disso, sua conta foi bloqueada por um período de três dias.
Depois que ela recuperou o acesso à sua conta no dia 12 de fevereiro, Johnston publicou um post, explicando a seus seguidores o que tinha acontecido e porque ela havia passado aqueles dias sem postar nada. O post incluiu uma reprodução (print) de seu comentário bíblico original e a mensagem que ela recebeu do Facebook. Ela concluiu o post com a hashtag "#FacebookCensorsBible" ("#FacebookCensuraBiblia").
Não demorou muito para o Facebook remover este novo post do dia 12 de fevereiro e bloquear novamente a conta de Johnston por mais sete dias.
Elizabeth Johnston é cristã e conhecida na internet como "The Activist Mommy" ("A Mamãe Ativista"). (Foto: Divulgação)
Retratação
Depois que as notícias das reivindicações de Johnston foram relatadas por diversos sites cristãos internacionais, como o 'Christian Post' e repercutiram nas mídias sociais, o Facebook agora está se retratando.
Um porta-voz da empresa de mídia social disse ao 'Christian Post' na última quinta-feira (23) que a remoção do post de Johnston e a suspensão de sua conta foram feitas "por engano". O porta-voz assegurou que ambas as publicações em questão foram restauradas.
"O post foi removido por engano e nós o restauramos assim que pudemos investigar o caso", escreveu o porta-voz do Facebook em um e-mail. "Nossa equipe processa milhões de relatórios por semana e às vezes fazemos coisas erradas".
"Lamentamos qualquer inconveniente que isso possa ter causado", acrescentou o porta-voz.
Junto com a declaração enviada ao site cristão, o Facebook também notificou Johnston na última quinta-feira para informá-la que um membro da equipe do Facebook "acidentalmente removeu" as duas publicações.
"Isso foi um erro", diz a notificação. "Pedimos desculpas pelo erro".
Johnston escreveu em um e-mail para o 'Christian Post' que ela agradece o pedido de desculpas do Facebook. No entanto, ela enfatizou o fato de que o Facebook não sentiu a necessidade de se retratar antes que a questão ganhasse grande repercussão nas mídias sociais.
"Dizer que isso foi um acidente é uma piada! Eles me enviaram o post e disseram que aquilo violava especificamente suas diretrizes da comunidade. Eles estão dizendo que 'sem querer' declararam isso e me bloquearam por 10 dias, também acidentalmente? Não! Foi preciso que isso repercutisse em notícias para que eu recuperasse as publicações da minha página. E quanto o usuário do Facebook que não tem esse 'luxo'?", Johnston questionou. "Estou em uma missão agora para falar por eles. Estou recebendo mensagens, capturas de tela e provas de todo mundo que prova que o sistema de filtragem e proibição do Facebook é punitivo contra conservadores e cristãos".
"Se o Facebook precisou de tempo para analisar o post de que alguém se queixou, então por que eles simplesmente não excluíram meu comentário até que tivessem tempo para revisá-lo?", Johnston continuou. "Por que eles me punem com uma proibição de 10 dias? Isso é política de controle de danos, porque minha história atingiu a grande mídia".
com informações The Christian Post
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