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Presidente de partido se demite para continuar “fiel a Cristo”
Política
Publicado em 18/06/2017

Embora não muito conhecido fora da Europa, o líder do Partido Liberal Democrata do Reino Unido, Tim Farron, era uma das principais vozes da oposição, lutando contra decisões como a saída da União Europeia, o Brexit.

Sua legenda vem crescendo no país e tiveram grandes vitórias na eleição da semana passada. Contudo, Farron anunciou ontem (14) que está pedindo demissão do cargo por se “sentir dividido” entre a sua fé em Jesus e o seu papel enquanto político.

“Desde o meu primeiro dia à frente do partido, fui confrontado com perguntas sobre a minha fé cristã. Tentei responder com graça e paciência. Às vezes, minhas respostas poderiam ter sido mais sábias”, disse ele em um comunicado oficial. Na verdade, ele vinha sendo criticado pelos membros do próprio partido devido as suas posições contrárias a questões como homossexualidade e o aborto.

“As consequências do destaque dado à minha fé me deixaram dividido entre ser um cristão fiel e servir como um líder político”, acrescentou Farron, que liderava o partido há dois anos. Para ele, a difícil escolha se deu, acima de tudo, por que preferia manter-se “fiel a Cristo”. Sem dar detalhes, criticou a postura dos que defendem o liberalismo na Europa, mas não respeitam a liberdade religiosa quando alguém se identifica como cristão. Por outro lado, estão entre os maiores defensores dos imigrantes muçulmanos.

O político de 47 anos é casado e tem quatro filhos. Evangélico, ele assegurou que continuará sendo um “liberal” e, portanto, não impunha sua religião, mas acredita que “em 2017, se tornou impossível viver como um cristão que tenta cumprir fielmente os ensinamentos da Bíblia e ao mesmo tempo ser político”.

Durante sua última entrevista como líder da legenda, foi insistentemente questionado se considerava que ser homossexual era um pecado. Preferiu defender que todos os cidadãos do país têm os mesmos direitos e ressaltar o programa eleitoral do Partido Liberal-Democrata que prometia organizar um novo referendo sobre o ‘Brexit’ e melhorias no serviço público de saúde.

Curiosamente, ele era um severo crítico da primeira-ministra Theresa May, do Partido Conservador, que também vem sofrendo críticas públicas por declarar que sua fé cristã influencia suas decisões.

Com informações de Express

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