Os casamentos gays registraram aumento de 51,7% desde de 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2014 e 2015, o número cresceu mais do que as formalizações de compromissos entre casais heterossexuais. Essa estimativa só tem aumentado desde então, e consequentemente tem atingido muitos homens brasileiros, até mesmo dentro das igrejas.
No entanto, existem pessoas que não querem se entregar a esses impulsos sexuais e por isso buscam ajuda. Atualmente, o projeto que mais tem dado resultados de restauração é o Joel 2:25, que nasceu em Dallas, no Texas (EUA) e hoje está presente em mais de 92 países.
A missão desse programa, fundado há 8 anos, é promover uma alternativa para pessoas com Atração pelo Mesmo Sexo – AMS. Através de atividades variadas o indivíduo é impactado diariamente e consegue descobrir a sua própria heterossexualidade subjacente, ou pelo menos diminuir sua erotização pelo mesmo sexo.
A ideia de criar esse grupo nasceu de Jeremy Schwab, um artista que durante sua carreira teve contato com a homossexualidade. Sua história somente mudou, quando ele fez parte de um retiro de transformação e a partir daí decidiu tomar novos rumos.
“Em 2010, voltei para Cristo, depois de ter vivido um estilo de vida gay ativo por mais de 12 anos (a partir de Ensino Médio). Desde então, tenho experimentado grande cura, restauração e redução significativa de atração por pessoas do mesmo sexo, através da oração, missa diária, terapia reparativa, e cura das emoções feridas”, diz.
Inicialmente os trabalhos foram feitos entre católicos, pois Jeremy era dessa religião. Porém, com o tempo outros grupos demonstraram interesse nessa técnica e hoje protestantes, judeus, muçulmanos e até ateus fazem parte do projeto.
Joel 2:25 tem ligação a este trecho bíblico: “Vou compensá-los pelos anos de colheitas que os gafanhotos destruíram: o gafanhoto peregrino, o gafanhoto devastador, o gafanhoto devorador e o gafanhoto cortador, o meu grande exército que enviei contra vocês”. A escolha dessa passagem foi porque ela remete a uma recompensa de Deus para os anos que foram destruídos com a prática homossexual.
Para proporcionar a restauração na vida dos homens o projeto promove videoconferências semanais e mensais, retiros, pregações, reuniões e outras atividades. Todas visando ensinar o evangelho e propor novas práticas aos integrantes.
Alan Alencar, um dos acolhidos pelo projeto, afirma que o programa trouxe grandes alterações em sua vida. “Joel me mostrou que a homossexualidade ou AMS, tem mudança, isso não por meio de palavras ou promessas de algo mágico ou ‘miraculoso’, mas pelo trabalho sério”, explica.
Desde sua adolescência Alencar teve problemas, cujo não sabia como se desvencilhar. “Até os meus 25 anos tinha quedas com masturbação, tomei a decisão de parar e consagrei minha sexualidade a Deus, então aquele vicio de masturbação cessou desde então passei a viver uma vida casta (total abstinência sexual)”, revela.
O integrante conheceu o grupo em 2015 através de um amigo que também tentava lidar com seus impulsos sexuais. Depois disso, ele viveu períodos de restauração e ressaltou que Joel é para quem deseja ser transformado, não apenas para ter uma vida casta, mas também para descobrir sua real vocação.
Somente depois de oito anos de sua libertação que teve coragem de revelar seu passado, a fim de ajudar outras pessoas. Antes, o medo de se expor era maior do que a vontade de testemunhar. Mas hoje, Alencar conta como alcançou a restauração: “Cheguei para Deus e falei que não queria mais aquela vida de solidão e que esperava um milagre”.
O participante relembra como foi o início no programa Joel: “Eu não sabia de nada sobre as coisas que falam aqui como: Terapia Reparativa, Ministério de apoio para pessoas que querem curar sua identidade sexual ferida, até sobre a tal ‘síndrome de Estocolmo’ só fui descobrir quando entrei no Joel, dentre tantas outras coisas”.
Mesmo não entendendo como essas atividades iriam impactar em sua vida, ele ás praticou e hoje pode ver um resultado positivo. “Descobri que tudo é um trabalho de desconstrução de mentiras internalizadas por meio de experiências traumáticas e por uma retomada da minha identidade real a partir da auto aceitação e busca por mudança, uma caminhada que envolve ciência e minha fé”, conta.
Após o ministério ter ajudado a realinhar sua trajetória, Alan decidiu auxiliar outras pessoas que procuram por apoio. No Brasil, as reuniões acontecem apenas com homens com mais de 19 anos e os interessados devem entrar em contato pelos e-mails: alan@joel225.org ou portugues@joel225.org.
por Ana Souza
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