O antigo camisa 10 da Seleção, Rivaldo Vítor Borba Ferreira, foi escolhido o melhor jogador do mundo em 1999. Campeão do mundo com o Brasil em 2002, também teve carreira vitoriosa em grandes equipes europeias como Barcelona e Milan. Passou ainda por equipes sem relevância, em países como Grécia, Uzbequistão e Angola, mas onde acumulou grandes experiências de vida.
Mas fora das quatro linhas, o pernambucano de origem humilde enfrentava problemas pessoais. Ele conta que resolveu “se entregar a Deus” depois de ouvir vozes em sua cabeça anunciando que ele morreria em um acidente de carro, em 2004.
Seu testemunho de conversão foi relatado em uma entrevista ao jornal argentino “Clarín” nesta sexta (23). “Eu não era crente. Mas em 2004 me aconteceu algo impressionante”, destacou. “Eu tinha deixado o Cruzeiro e estava sem jogar. Nesse tempo comecei a escutar uma voz que me dizia que ia morrer em um acidente de trânsito. Escutava a voz a todo momento e muito clara. Depois outra voz me dizia que se eu acreditasse em Deus não ia morrer. O mais estranho é que me dava muita vontade de dirigir. Então eu dava qualquer desculpa para sair de carro.”
Ainda segundo o atleta, as vozes se intensificaram em sua cabeça ele realmente sentia que iria morrer. Lembrava sempre que seu próprio pai morreu em um acidente. Quatorze anos atrás, logo que saiu do Cruzeiro e estava sem contrato, fez uma viagem para Mogi-Mirim, onde vivia com a família. Enquanto dirigia as vozes aumentaram e ele tomou uma decisão.
Como já havia contado em outras ocasiões, enfatizou que tudo mudou quando tomou aquela decisão. “Comecei a chorar como uma criança. Cheguei no apartamento e disse pra minha esposa: ‘Hoje eu quero aceitar Jesus’. Ela pegou a Bíblia, orou comigo e aí nunca mais escutei aquilo”.
Ele chegou a experimentar as dificuldades de ser uma pessoa comprometida com sua fé quando jogou no Uzbequistão, em 2008. Conforme destacou, viver em um país de maioria muçulmana é complicado e chegou a ser proibido de expressar sua fé em Jesus. “Ser cristão no Uzbequistão não é nada fácil, para mim não foi tão difícil por ser uma pessoa conhecida, mas para eles, é duro. Sei que Jesus nos levou até lá para sermos luz, testemunhas vivas”.
Quatro anos depois, quando jogou uma temporada em Angola, ajudou a plantar a Igreja Comunidade Evangélica Shammah. Em 2012, quando vestia a camisa do Kabuscorp, comprou o terreno e ajudou com os custos.
Além de falar sobre sua conversão religiosa, Rivaldo foi questionado pelo jornal argentino porque apoiou a eleição de Jair Bolsonaro. Respondeu que é por que se identifica com suas posturas: “Ele é um homem que tem demonstrado que quer mudar as coisas, e todas as igrejas o estão apoiando. O Brasil precisa de um presidente, não alguém que ensine valores porque essas coisas se aprendem com a família. Ele é uma pessoa de Deus e se fizer algum mal, sabe da responsabilidade que tem. A Deus não se pode enganar.”
Fonte: Gospel Prime