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“Devo a Deus a posição que ocupo”, diz Bolsonaro em celebração na Assembleia de Deus
Política
Publicado em 16/06/2019

O presidente Jair Bolsonaro exaltou o Brasil como um país cristão na noite desta quinta-feira (13), em discurso no evento de comemoração dos 108 anos da Assembleia de Deus no Brasil, realizado na Igreja Mãe em Belém, no Pará.

Ovacionado pelo público, Bolsonaro subiu ao palco ao lado de líderes religiosos, deputados, senadores. Também estavam o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB) e o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB). Todos receberam uma oração do pastor Samuel Câmara, presidente nacional da Convenção da Assembleia de Deus no Brasil (CADB).

No início do discurso, Bolsonaro se lembrou de uma entrevista realizada em uma emissora durante a campanha eleitoral. “E lá, em dado momento, aguçando a curiosidade daquelas pessoas, eles me perguntaram o que estava escrito nas minhas mãos. E eu mostrei”, disse o presidente, mostrando a palma da mão esquerda com as palavras “Deus”, “família” e “Brasil”.

“Nós não podemos falar em um Brasil grande sem uma família forte”, destacou.

Ele também citou seu comentário durante um discurso na Assembleia de Deus em Goiânia, no mês passado. “Eu fiz um paralelo de algo que estava sendo votado no Supremo Tribunal Federal (STF). E com todo respeito ao STF, porque o assunto era tipificar homofobia como se racismo fosse. E naquele templo eu perguntei aos irmãos: será que não está na hora de termos um ministro evangélico no STF?”, contou.

Depois de ser fortemente aplaudido, Bolsonaro disse: “A reação [deles] foi a mesma. O Estado é laico, mas eu e nós todos somos cristãos. Respeitamos a maioria, respeitamos a minoria, mas o Brasil é um país cristão”, destacou.

Depois de repetir o versículo que se tornou seu slogan — conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (João 8:32) — Bolsonaro lembrou-se do episódio em que levou uma facada.

“Devo a Deus a minha vida. Devo a Ele, pelas mãos de muitos de vocês, a posição que ora ocupo no cenário nacional como chefe maior do Poder Executivo”, afirmou o presidente. “Não tenho ambições. Tenho responsabilidades. Reconheço as minhas deficiências, mas todos vocês sabem que Deus capacita os escolhidos”.

Bolsonaro finalizou seu discurso declarando apoio ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em meio à repercussão de supostas conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato. O presidente também agradeceu as orações.

Primeiro Deus, e depois elas me salvaram”, disse ele. “Continuem orando por nós e pelo Brasil. Colocaremos juntos o Brasil no lugar que ele merece. E concluo com o nosso tradicional: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!”.

 

108 anos de história no Brasil

 

A Assembleia de Deus chegou ao Brasil através dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que chegaram em Belém (PA) em 19 de novembro de 1910, vindos dos Estados Unidos.

Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a evidência das línguas espirituais. A nova doutrina trouxe muita divergência — enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou.

Assim, em 18 de junho de 1911, os missionários fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de “Missão de Fé Apostólica”, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo.

Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918, a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se “Assembleia de Deus”, em virtude da fundação das Assembleias de Deus nos EUA, mas, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.

A Assembleia de Deus no Brasil expandiu-se pelo estado do Pará, alcançando principalmente as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste em 1922 e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren em 1924.

Fonte: Guia-me

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