Uma das principais figuras no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, a advogada Janaína Paschoal foi a primeira a falar na sessão de debate na manhã desta terça-feira (30).
Ao rebater os argumentos de que houvesse algum tipo orquestração para o início do processo, Paschoal, que assinou o pedido original junto com o dr. Hélio Bicudo, desabafou. “Eu acho que se tiver alguém fazendo algum tipo de composição neste processo é Deus”, afirmou.
“Foi Deus que fez com que várias pessoas, ao mesmo tempo, cada uma na sua competência, percebessem o que estava acontecendo com nosso país e conferisse a essas pessoas coragem para se levantarem e fazerem alguma coisa a respeito”, assegurou na tribuna do Senado.
Seu discurso durou cerca de uma hora. Ela também questionou a honestidade da acusada.
“Não me parece honesto dizer para um povo que existe dinheiro para continuar com programas que para esse povo são essenciais, quando já se sabe que eles não existem”, disparou.
Uso recorrente do nome de Deus
Não é a primeira vez que o nome do Senhor é usado nesse processo político que se desenrola no país desde o ano passado. Possivelmente foi a palavra mais usada durante as justificativas de votos dos deputados favoráveis à continuação do processo naquela Casa dia 17 de abril.
No dia em que assumiu interinamente, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) afirmou: “Deus me deu uma missão, que eu ajude a tirar o Brasil da crise”.