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Presidente filipino quer matar 3 milhões de drogados, “assim como Hitler fez com os judeus"
Mundo Cristão
Publicado em 02/10/2016

O controverso presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte comparou-se ao líder nazista alemão Adolf Hitler, por causa de seu plano de matar 3 milhões de usuários de drogas em seu país. A declaração atraiu a indignação e o repúdio de diversos grupos judaicos.

A Reuters relatou que durante um discurso na cidade de Davo nesta sexta-feira (30), Duterte disse: "Há 3 milhões de viciados em drogas [nas Filipinas]. Eu ficaria feliz em matá-los".

"Se a Alemanha teve Hitler, as Filipinas teriam ...", acrescentou o presidente, parando de falar para apontar a si mesmo como um tipo de "exterminador".

"Vocês conhecem as minhas vítimas. Gostaria que todos eles fossem criminosos para que eu pudesse acabar com o problema do meu país e salvar a próxima geração da perdição", disse.

Duterte tomou uma posição dura contra o tráfico de drogas e outras atividades criminosas nas Filipinas, desde que assumiu o poder em maio, mas foi acusado por grupos de vigilância de cometer violações dos direitos humanos, após ordenar a morte de mais de 3.100 usuários e traficantes.

Ele também encontrou-se em maus lençóis com líderes mundiais, quando o presidente dos EUA, Barack Obama, que cancelou no início de setembro, uma reunião programada com Duterte por causa das observações altamente ofensivas que o presidente Filipino havia feito anteriormente.

Duterte já havia advertido o presidente Obama para não criticá-lo pelas mortes dos usuários de drogas.

"Eu sou o presidente de um Estado soberano e temos que deixar de ser uma colônia. Não tenho qualquer patrão, exceto o povo filipino, ninguém mais. Você deve ser respeitoso. Não basta jogar perguntas", disse o presidente Filipino a Obama que chegou a usar um palavrão em sua língua nativa, correspondente à algo como "filho da p***".


Repúdio
Vários grupos judaicos expressaram sua indignação diante dos comentários mais recentes de Duterte, no qual ele se comparou a Hitler.

"O que o presidente Duterte disse não é apenas profundamente desumano, mas demonstra um desrespeito terrível para com a vida humana, que ele realmente deveria respeitar como um líder democraticamente eleito em um grande país", disse o presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald S. Lauder, segundo relatos da BBC News.

Presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald S. Lauder. (Foto: RobReport)

O rabino Abraham Cooper, diretor de 'Centro de Combate ao Terrorismo Digital e ao Ódio', Simon Wiesenthal, acrescentou que "Duterte deve um pedido de desculpas às vítimas do Holocausto judeu por sua retórica nojenta".

A Liga Anti-Difamação argumentou que os comentários de Duterte foram "chocantes para seu e ensurdecedores".

"A comparação entre usuários e traficantes às vítimas do Holocausto é inadequada e profundamente ofensiva", disse Todd Gutnick, diretor de comunicações do grupo. "É desconcertante que qualquer líder deseje modelar-se com base na conduta de um monstro".

A BBC também lembrou que Hitler teria levado cerca de 6 milhões de judeus à morte, bem como outras minorias étnicas.


Blasfêmia
Em outros comentários controversos, feitos no início desta semana, Duterte, que se descreve como um 'crente em Deus que rejeita a religião', perguntou por que Deus não age com uma internvenção, impedindo que crianças sejam estupradas e mortas.

"Onde está Deus agora, quando um bebê de 1 ano de idade, um bebê de 18 meses é tomado dos braços da mãe, levado para debaixo de um jipe, estuprado e morto? Então, onde está Deus?", ele perguntou, como parte dos comentários mais amplos sobre a repressão ao crime em seu país.

 

Com informações do The Christian Post

 

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