Ao longo de toda a campanha presidencial o então candidato Donald Trump foi repetidas vezes tratado pela mídia como alguém que traria o caos para os Estados Unidos e para o mundo. Contudo, a maioria dos líderes evangélicos que se envolveram no pleito diziam que ele seria o melhor, pois tinha uma agenda mais conservadora, tendo se declarado contra o aborto, por exemplo.
Durante a pré-campanha, quando ainda não tinha sido escolhido como o representante do partido republicano, fez uma afirmação categórica. “Sou evangélico. Eu sou presbiteriano e tenho orgulho disso”. Ressaltouque “eu vou ganhar e serei o maior representante que os cristãos já tiveram em um longo tempo”.
Com um testemunho de vida que contradizia suas afirmações sobre fé, em junho foi anunciado que ele aceitara Jesus e se tornara cristão de verdade, o que aumentou sua popularidade entre os eleitores evangélicos.
Além disso, recentemente teve um encontro com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, onde prometeu que reconheceria Jerusalém como a capital “unificada” de Israel, caso fosse eleito presidente.
Os Estados Unidos historicamente sempre foram os principais apoiadores do Estado judeu, mas o governo Obama foi um notório defensor do reconhecimento da Palestina como nação independente, o que resultaria na entrega de Jerusalém Oriental à Autoridade Palestina.
As divulgações do perfil dos eleitores que deram a vitória a Donald Trump mostram que essas duas declarações tiveram influências diferentes. Enquanto 60% dos protestantes ficaram com o bilionário republicano, 71% dos judeus preferiram Hillary. A religiosidade de Trump também incomodou os ateus, já que 68% optaram pela sua adversária.
Por Jarbas Aragão.
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